Qual a verdadeira origem da cerveja?

Origem da cerveja

Talvez você esteja se perguntando: qual a verdadeira origem da cerveja?

Na verdade, não existe um registro oficial sobre o surgimento da cerveja no mundo.  

A primeira prova arqueológica referente à produção da cerveja está na Suméria, por volta do ano 4.000 a.C.. Duas vertentes circundam a grande história da origem da cerveja.

Uma delas, fala dos recipientes de barro esquecidos no campo com cevada colhida, que após chover, deu-se início ao processo de germinação (primitivo) dos grãos. Esse processo gerou a mudança interna da composição química do cereal, com consequente ação das enzimas e logo após das leveduras selvagens aeróbicas que fermentaram aquele caldo (mosto).

Após um tempo os donos voltaram para buscar a cevada e se depararam com os potes cheios. A sede os levou a degustar aquele líquido, o que ocasionou o efeito do álcool, levando os sumérios a passarem então a repetir propositadamente o processo, em busca agora então daquele líquido maravilhoso, nossa conhecida cerveja, tão gostosa e socializante.

A segunda hipótese bastante cogitada seria a situação dos sumérios perceberam que a massa do pão, ao ser imergida em água, iniciava-se então um processo de fermentação também através de micro organismos aeróbicos. Desse processo vem a definição de “pão líquido”, e então surge a “cerveja primitiva”.

Grandes famílias (grupos de estilo): Ale e Lager

Muitas vezes, entre amigos ouvimos ou falamos – “puxa, que lager leve”, “que Ale aromática” – por aí vai… Se você quer “beber cerveja de verdade” e se tornar um verdadeiro homebrewer, precisa entender melhor essas situações.

Essas afirmações estão sempre ligadas às famílias de fermentação da cerveja citada.  As Lagers são produzidas com leveduras que, por definição metabólica, atuam na parte inferior do tanque de fermentação e em temperaturas mais baixas, entre 6 e 12ºC, o que leva a chamarmos esse grupo, de cervejas de baixa fermentação.

Por consequência, essas leveduras, quase sempre são mais neutras em relação à formação de aromas, nos apresentando então, ao final do processo fermentativo, aromas e sabores mais primários, ou seja, das matérias-primas (malte e lúpulo).  

Já o outro grande grupo, das Ales, trabalha de forma oposta, ocupando a parte superior do tanque de fermentação, em temperaturas superiores (entre 15 e 24ºC).  Com relação à formação de aromas (esterificação), aí sim ela se demonstra normalmente muito capaz de nos presentear de forma bastante positiva com aromas bem diversificados. Lembrando que tudo isso depende da cepa, das temperaturas de fermentação e até mesmo da composição dos mostos.

A Lambic, seriam a terceira Família, não grande, na verdade de certa forma até em relativa extinção, presentes apenas em algumas regiões da Bélgica e em algumas poucas cervejarias espalhadas pelo mundo afora.

A fermentação espontânea nos remete à uma seleção natural dos micro-organismos fermentativos do ambiente, ou seja, seus tanques de fermentação são originalmente abertos e expostos à vasta variedade de micro-organismos aeróbicos do terroir da cervejaria. Essas cervejas carregam uma acidez acentuada, e podemos dizer que são as que mais se aproximam da cerveja primitiva.

Ainda estamos falando grego? Quer saber mais sobre o fascinante universo da cerveja? Acesse nosso glossário para entender os principais termos e se torne um verdadeiro homebrewer!